(Por Adjair Franco, o Dija)
Filho de Antônio Tobias e Rosária de Jesus Tobias, o famoso Pituca é irmão de Juarez Tobias. Ele tem vários sobrinhos e muito carinho por todos eles.
Seu apelido vem da infância e foi colocado por sua avó, que tomava conta dele enquanto a mãe trabalhava. Por ter nascido muito miudinho e ter rosto pequeno, era chamado de Pituquinha e a alcunha evoluiu com o passar dos anos.
Benedito Tobias estudava na Escola Estadual Dr. Delfim Moreira, o grupão, e a sua professora não aceitava que o chamassem pelo apelido em sala de aula. Pituca era tão levado que, quando aprontava alguma, ela se esquecia e soltava o apelido. “Ué! Por que a senhora pode chamá-lo de Pituca e nós não?!” – perguntavam os colegas.
Antônio Tobias, pai do nosso homenageado, era administrador da fazenda Chalé. Sua mãe, Dona Rosária, trabalhava como cantineira no grupão e era muito querida por todos. Quantas recordações felizes muitos santa-ritenses ainda guardam desse tempo com aroma e sabor de sopa de costela de vaca e couve bem picadinha!? Os bolinhos também eram deliciosos!
Pituca, desde criança, já trabalhava. Vendia frangos no mercado e, quando cresceu, tornou-se carroceiro. Até pouco tempo, era possível vê-lo com sua carroça transportando areia, mudanças e outros materiais.
Grande lateral dos tempo áureos da Liga Santa-ritense de Futebol, chegou a jogar no Industrial e no Santa-ritense. Ainda recorda, com muito carinho, dos companheiros de time: Luiz Carlos Carneiro, Celsinho Mortadela e Cubinho. Também guarda boas recordações de Evandro Moreira, que não saía de sua casa. Na juventude, frequentava a Fazenda Chalé e era uma verdadeira festa quando seus amigos promoviam churrascos e outras comemorações.

Entre um trabalho e outro, foi criador de gado e de cavalo. Ele gostava muito da vida no campo e tinha muita habilidade com a lida.
Pituca foi vereador por dois mandatos, com uma votação muito expressiva. Uma de suas indicações foi a criação de uma secretaria onde pudessem ser tiradas carteiras de identidade em nosso município. Na época, isso só era possível em Pouso Alegre e o legislador buscava trazer comodidade à população. Também lutou para que fossem colocadas lixeiras na zona rural e que uma quadra fosse construída no Santana. Era sempre muito assíduo na Câmara e nunca perdeu uma reunião. Nas reuniões extraordinárias, rejeitava ser remunerado e era muito responsável com os bens públicos. Sua risada continua contagiante e, de longe, quem o conhece, sabe que ele vem vindo. Por ser um homem justo e simples, é nosso homenageado deste mês.