(Por Patrícia Vigilato)
O ballet clássico surgiu nas cortes italianas no início do século XVI, embora não se saiba ao certo de onde veio a inspiração para sua criação. Foi o termo italiano balletto que deu origem à palavra francesa ballet. Eu sou mais uma mulher que, enquanto menina, sonhou ser bailarina, mas não teve oportunidade. “Pequenas alegrias da vida adulta”, hoje tenho orgulho em dizer que há 6 anos, iniciei minha vida “bailarinística”.
Nesta coluna, admiradora que sou desta arte, quero reverenciar uma bailarina que tem se destacado no mundo da dança, Vitória Bueno Boche. Aluna da Academia de Dança Ândrea Falsarella, Vitória é sinônimo de talento, habilidade e superação.
Estudante de ballet clássico desde os 5 anos, já conquistou diversos troféus, foi aprovada duas vezes nos exames da conceituada Royal Academy of Dance, que publicou sua história na revista comemorativa da organização em celebração ao seu centenário, e foi a bailarina principal do Espetáculo FLICTS – Um Longa Dançante, da Academia de Dança Ândrea Falsarella, 2020.
A bailarina que já foi notícia internacional, tem como uma de suas inspirações a primeira bailarina principal negra do American Ballet Theatre, Misty Copeland. Além do balé clássico, Vitória também pratica jazz e sapateado.

Iniciada na sapatilha de ponta há alguns anos, Vitória é exemplo de determinação. É a nossa “Bethania Nascimento”, primeira bailarina negra brasileira a desempenhar como primeira bailarina em uma companhia de balé internacional, a Dance Theatre of Harlem. A nossa “Ingrid Silva”, a bailarina brasileira considerada uma das melhores bailarinas da nova geração do mundo, que tem trazido visibilidade negra para a dança. “Sou mais do que uma bailarina, sou ativista e formadora de opinião”, declara a bailarina que, durante 11 anos, pintou suas sapatilhas para que parecessem com a cor de sua pele.
Vitória também é mais do que bailarina: é a nossa estrela, que quebra paradigmas ao nos encantar com a leveza dos seus braços invisíveis.
Obrigada, Vitória! Por ser a nossa inspiração. Obrigada, Ândrea Falsarella, por lapidar talentos como a Vitória e sonhos como o meu.