(Por Rita Seda)
Por mais grave que seja a situação, precisamos sempre nos lembrar que temos duas saídas: melhora ou pior fica. Então, mantenhamos a nossa esperança, torcendo para que melhore.
Tive uns sintomas desagradáveis, alguns dias atrás, como falta de ânimo, febre branda, dor nas costas e, como não resolvesse procurar recurso, o organismo, em sua sábia natureza, trouxe um zumbido na cabeça semelhante a um enxame de abelhas. Foi só então que resolvi procurar a medicina. Saí de manhã à procura de minha estimada médica. Não encontrei, pois era dia em que ela dá aulas na Faculdade de Medicina… Fui atrás de um, de outro, dos que conheço e me conhecem, pois, para mim, deve haver uma estreita relação de amizade e confiança entre médico e cliente. Não encontrei nenhum, naquela véspera de feriado prolongado, mas, pensei: vamos ao PAM! Lá fui eu, esperançosa. Fui atendida por um jovem médico que nos inspirou confiança. Examinou-me, receitou, e quando eu já me dispunha a ir embora, deu-me um pedido de radiografia a ser feita ali e naquela hora. Ela trouxe a notícia que eu jamais queria ouvir: pneumonia. O Dr. Saulo teve que me consolar do susto e foi direto e reto:
-Pneumonia tem cura, dona Rita!
Com certeza! Naquele instante imaginei o baque das pessoas ao receber um diagnóstico de doença grave. Estará alguma preparada para isso? Ficar sabendo que o seu relógio terá agora que marcar de um modo diferente, ao ritmo de exames, aplicações, medicamentos, expectativas e incertezas… Já acompanhei ao longo da vida esse calvário não só de familiares, mas também de amigos e de socorridos Vicentinos. Cada um reage de um modo. Cada um é cada um. E o responsável pelo doente deve saber que o que mais importa ao enfermo é a atenção e carinho. Quando as criancinhas levam um tombo e choram, a dor passa, simplesmente, pelo beijinho da mãe. O afeto é o grande remédio e, se não tem o poder de curar todas as doenças, cura o coração, que se põe a bater bem firme, no ritmo da esperança e do amor.