Homenagem à Marizete Rita Gonçalves

(Por Adjair Franco)

Grande mulher em nossas vidas, Marizete veio ao mundo com uma missão: servir ao próximo. Desde muito jovem, enfrentou dificuldades, mas sempre foi consciente de sua responsabilidade com a família e com o mundo ao seu redor. Ainda criança, ajudava na sobrevivência da casa empurrando um carrinho de mão e vendendo lenha para famílias que ainda não possuíam fogão a gás.

Com esforço e determinação, formou-se em Magistério e iniciou sua carreira como professora na zona rural. Posteriormente, passou a lecionar na Escola Municipal Sanico Teles, sob a direção de Dona Marlene Sandi Garcia. Permaneceu ali por 25 anos, marcada por sua autenticidade e dedicação à formação do caráter das crianças. Lidava com carinho e atenção até mesmo com os alunos mais desafiadores, nunca desprezando seus sentimentos e sempre se empenhando ao máximo na missão de educar.

Ainda como professora, também atuou no CP1 e na Escola Estadual Doutor Luiz Pinto de Almeida. Agradeço, em especial, à diretora Mônica Flores de Carvalho pela homenagem prestada à Marizete e pelo reconhecimento ao seu empenho na organização da biblioteca da escola.

Na vida religiosa, Marizete foi uma grande evangelizadora, sempre exercendo seu trabalho de forma discreta e humilde. Atuou ao lado do padre Bertolo Jesuíta na formação do grupo de jovens UVAS (Unidos Venceremos, Amando Salvaremos), que teve grande impacto em nossa cidade, reunindo mais de mil participantes — muitos deles, até hoje, engajados no ministério e nos trabalhos da Igreja. Diversos jovens padres passaram pelo grupo, no qual Marizete atuou como secretária, sempre com extrema dedicação ao longo de muitos anos.

Naquela época, havia apenas a Paróquia de Santa Rita de Cássia, sob os cuidados do pároco Monsenhor José Carneiro, que frequentemente elogiava a capacidade e sabedoria com que Marizete desempenhava suas funções. Ela também foi secretária do Apostolado da Oração “Sagrado Coração de Jesus”, onde conquistou o respeito de todos por sua competência e seriedade.

Eu, Adjair, tive a alegria de compartilhar com ela uma convivência de mais de 48 anos. Nunca nos casamos — e, em tom de brincadeira, costumava dizer que foi porque ela nunca tocou no assunto —, mas nossa relação foi pautada por profundo carinho, respeito e amizade.

Dou aqui meu testemunho de gratidão a essa mulher extraordinária, que viveu com simplicidade, humildade e amor em tudo o que fez. Agradeço ao Pai Celestial por tê-la colocado em meu caminho e rogo para que a receba em Sua glória.

Levo Marizete comigo no coração, com imenso orgulho de tudo o que ela foi. Muito obrigado.

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