Por Adjair Franco (Dija)
Luiz Roberto Moreira de Carvalho recebeu o apelido de Pingo quando morava em Barretos. Lá, havia uma senhora com mudez, que jogava o menino para cima e balbuciava as palavras “pingo de gente”. Dali, em diante, esta passou a ser a sua alcunha.
Pingo é um homem íntegro, dono de uma ternura e bondade cativantes. Em sua trajetória de vida, vemos muitas passagens interessantes de conquistas e realizações.
Era muito querido pelos avós. Nas férias de janeiro, ia para Ouro Fino, onde seu avô, Tonico Moreira, tinha uma grande propriedade. Quando lá estava, os primos mais velhos, que lá moravam, aprontavam com ele, que era o menorzinho. Ainda criança, inocente e ingênuo, ficava sob os cuidados dos funcionários.
Após a morte de seu querido pai, senhor Hélio Carvalho, foi oferecida uma fazenda e ele. Convicto e decidido do que queria para a sua vida, preferiu o valor em espécie para que pudesse montar uma farmácia. Como, na época, existiam três farmácias na cidade, a sua passou a ser a quarta.
Atuante, competente e muito profissional, conseguiu agradar à comunidade santa-ritense, contando com a supervisão farmacêutica do senhor Rui Carneiro Pinto, que era muito querido pelo povo de Santa Rita.
Com sua capacidade de cuidar e de dar continuidade ao empreendimento, Pingo transformou a sua farmácia em drogaria. Para demonstrar o seu carinho e amor ao pai, homenageou-o dando nome ao estabelecimento de “Drogaria Carvalho”. Honras, também, sejam feitas à sua mãe, Dona Antonietinha, exemplo de amor e de cuidado com toda a população.
Pingo teve dois irmãos: Paulo Henrique (que é vivo) e o falecido irmão, Dedé (conhecido como Chico Boia), dos quais fala com muito carinho.
Interessante e admirável é a sua atenção para com os amigos! Demonstra sempre muita afeição por todos e se empenha em mantê-los em sua galeria de fotos, onde reúne um rico memorial de registro. Quando vai tirar fotos dos amigos, muitos fogem. Dizem que quem tira fotos com o Pingo morre logo. Isso é cascata…
Relembrando o saudoso Jader, uma vez ele convidou o Pingo para jantar em sua casa. Muito amigo dos amigos, nosso homenageado disse: “Posso levar Fulano, Sicrano e Beltrano?” Sempre muito acolhedor, Jader respondeu: “Pode levar! Será um prazer enorme recebê-los!” Mas, por motivo de força maior, Pingo não foi. Sempre muito espirituoso, ao encontrar o Pingo, que foi logo pedindo desculpas, disse: “Não tem problema, não! Eu chamei a turma do Tiro de Guerra e eles se deliciaram com o jantar!” E ambos caíram na gargalhada.
Pingo, como sempre foi conhecido, é um colecionador de amigos. Quando fica sabendo de algum fato, problema ou enfermidade de algum deles, está sempre ao lado, presente para ajudar e animar. Por essas e outras, ele sempre será considerado por nós um querido e valioso amigo!