No dia 7 de setembro de 1980, Santa Rita do Sapucaí estava em festa. Era aniversário de Iroman Costanti, filho de João “Compra Tudo” e Dona Marizília, um rapaz querido por todos, conhecido por sua alegria, educação e espírito tranquilo. Em casa, uma grande mesa estava sendo preparada nos fundos do quintal para o almoço surpresa que aconteceria com a presença de amigos e familiares. Mas aquele domingo, que deveria ser de celebração, amanheceu em completa tristeza. Iroman sofreu um acidente automobilístico ao retornar de Pouso Alegre, falecendo no próprio dia em que completava 20 anos. A notícia se espalhou rapidamente e mergulhou a cidade em uma tristeza que o tempo nunca apagou.
Décadas depois, o nome de Iroman ainda desperta emoção. Em uma foto compartilhada nas redes sociais, os comentários se multiplicaram — cada um trazendo uma memória, um sorriso, uma dor antiga. “Meu primo querido. Iroman nos deixou muito cedo… Em homenagem a ele, dei seu nome ao meu filho”, escreveu Giacomo Henrique Costanti, resumindo o sentimento de toda uma geração. “Iroman, colega de escola, uma pessoa de bem com a vida. Raquel e eu éramos colegas dele”, recordou Doroteia Rennó Moreira. “Fui professora dele no anexo do Colégio Sinhá Moreira, logo depois de me formar no Curso Normal”, contou Sandra Nadja Vilela Cerqueira Jeronymo.
Outros completaram: “Fomos juntos prestar vestibular em Itajubá” (Fátima Fajo), “Morava perto do Correio!” (Léa Morais), “Amigo querido do meu irmão e de toda a nossa família” (Taofena Andery).
Os relatos convergem em um mesmo tom: Iroman era um rapaz bondoso, sereno e admirado por todos. “Nunca bebeu, só tomava água mineral com gás e tônica”, lembrou Giácomo, testemunha da festa que nunca chegou a acontecer.
O falecimento precoce de Iroman deixou marcas profundas na cidade. Para muitos, foi o primeiro grande choque da juventude — uma lembrança que atravessou o tempo e permanece viva nas conversas, nas fotos e nos encontros de família. “Lembro-me como se fosse hoje… Vi o carro batido na estrada. Foi uma tragédia muito triste”, escreveu Marta Prado Mendes. “Era tão jovem, tão lindo”, completou Marina Viana. Mesmo quem não chegou a conhecê-lo pessoalmente se sente tocado por sua história. “Não o conheci, só por fotos, mas sinto como se fizesse parte da nossa memória coletiva”, comentou Cristina Antunes Carvalho Andrade.
Mais de quatro décadas se passaram desde aquele setembro de 1980, mas o nome Iroman Costanti continua a ecoar nas lembranças de Santa Rita do Sapucaí. O carinho com que é citado, a emoção das palavras e a saudade que não se apaga revelam que algumas presenças resistem ao tempo — não pela duração da vida, mas pela intensidade do afeto que despertaram.

































