Caixa Econômica e a falta de respeito com a população santa-ritense

Na semana passada passei pela Caixa Econômica para realização de serviços bancários. Ao retirar a senha, soube que havia mais de 40 pessoas na minha frente. Somente dois caixas (que também davam conta dos serviços preferenciais) atendiam uma multidão – a maioria formada por pessoas idosas. Ao questionar a demora de mais de duas horas para ser atendido, em pé, já que o número de pessoas que aguardam é muitas vezes maior do que o número de assentos, a explicação da atendente: “Começo de ano é assim mesmo. Muitos dias de serviço interrompido e as pessoas chegam todas no primeiro dia útil do mês.” Pensei com meus botões: se todo ano é assim, porque não colocam mais pessoas para atender no início do ano?

Retornei uma semana depois e a cena que encontrei foi mais desrespeitosa do que a do dia dois. Vários idosos aguardavam debaixo de chuva, através de uma fila que os levaria a uma senha e, só daí, chegariam à fila definitiva.

Tenho notado que este tipo de atendimento, desrespeitoso e incompatível com as demandas de Santa Rita do Sapucaí, é bem comum não só no banco, como também na agência lotérica da Caixa. Pessoas na rua, debaixo de chuva e de sol, aguardam a vez de serem atendidas por uma estrutura que abraça os serviços com exclusividade mas que não tem a consideração devida com as pessoas que se vêem obrigadas a serem atendidas pela estatal.

Afinal, o que têm feito os representantes municipais diante da forma desrespeitosa com que nossos moradores têm sido atendidos? Cabe a quem fiscalizar este tipo de conduta e cobrar melhores condições de atendimento da Caixa Econômica Federal? Enquanto a resposta não chega, vamos aguardando debaixo de chuva e de sol, conscientes de que cabe aos cidadãos cumprirem todos os seus deveres, mas que os direitos são sempre protelados pela estrutura arcaica e ineficiente dos órgãos públicos.

(Carlos Romero Carneiro)

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