O anúncio do novo controlador deve ocorrer ainda neste ano, com expectativa de reabertura entre 3 a 4 meses após a assinatura do contrato
O Hospital Maria Thereza Rennó, em Santa Rita do Sapucaí, está próximo de viver um novo capítulo após mais de dez anos de portas fechadas. Três grandes operadoras de saúde, todas com atuação nacional, disputam o controle da unidade, que tem potencial para se tornar um dos principais complexos hospitalares do Sul de Minas. A escolha do novo gestor deve ser anunciada ainda este ano.
A reativação do hospital se tornou viável após o Fundo Finvest BSO concluir a regularização definitiva da propriedade, encerrando uma longa disputa judicial com o antigo controlador. A partir da assinatura do contrato, a previsão é que a unidade volte a funcionar em um período estimado entre três e quatro meses.
Potencial estratégico desperta interesse do mercado
Segundo André Pompeu, representante da gestão do Fundo Finvest BSO, o interesse simultâneo de três grupos demonstra a relevância do equipamento para a região.
“Trata-se de um hospital bem localizado, preservado e com capacidade de se tornar referência. Após tantos anos inativo, ele volta a se apresentar como um ativo capaz de beneficiar diretamente a comunidade”, afirma Pompeu.
As operadoras interessadas já sinalizaram que, além da aquisição, planejam investimentos substanciais em infraestrutura e equipamentos, muitos dos quais se tornaram obsoletos com o tempo. A implantação, segundo o fundo, será gradual, com ampliação dos serviços à medida que a operação se consolidar.
Estrutura ampla e capacidade de atendimento regional
Com mais de 8 mil m² de área construída, o hospital possui uma estrutura considerada robusta:
- 18 quartos individuais
- 61 leitos de enfermaria em diferentes configurações
- 12 leitos de UTI geral
- 7 salas cirúrgicas, incluindo obstetrícia
- Leitos pediátricos e neonatal
- Laboratório de análises clínicas
- Áreas de métodos gráficos, endoscopia e colonoscopia
- Estrutura diagnóstica e terapêutica já instalada
Todo o complexo foi preservado ao longo da última década, embora dependa de modernização tecnológica e adequações para retomar operações em pleno funcionamento.
Para Pompeu, o interesse de grandes operadoras em um intervalo tão curto de prospecção — apenas 60 dias — reforça o caráter estratégico do hospital. “Santa Rita do Sapucaí é um polo educacional e tecnológico, com demanda crescente. Quando ampliamos o mapa de influência, a estrutura pode atender uma macrorregião que ultrapassa 6,3 milhões de habitantes, somando Sul e Sudoeste de Minas, Vale do Paraíba e Norte de São Paulo”, explica.
Regularização jurídica abre caminho para a retomada
O Fundo Finvest BSO assumiu o espaço após o antigo controlador descumprir obrigações contratuais, utilizando o imóvel como garantia. Desde então, o fundo conduziu o processo de regularização, resguardando o patrimônio enquanto buscava uma solução definitiva.
Pompeu destaca que o trabalho ao longo desses anos foi pautado pela responsabilidade e pela preparação do ativo:
“Nosso compromisso é entregar uma estrutura apta a ser reativada, com segurança jurídica e financeira, para que o próximo operador concentre seus esforços na modernização e na gestão hospitalar.”
Reabertura anima a comunidade
Caso a negociação avance dentro do prazo previsto, o Hospital Maria Thereza Rennó poderá voltar a funcionar já no início de 2026, representando uma retomada histórica de um dos principais equipamentos de saúde da cidade e devolvendo à população um serviço que ficou adormecido por mais de uma década.

































