Os registros a seguir são de uma antiga revista da cidade. Confira:
Pedido de reforma nos trilhos de trem
Estamos em plena seca. Já é tempo de reformar-se o leito da Rede Sul-Mineira de Viação a fim de que as águas não surpreendam os dormentes podres e os aterros desmoronáveis, pondo em risco a vida dos que viajam. No dia 28 do mês passado, registrou-se mais um lamentável desastre, próximo a Brazópolis, tombando um vagão de porco, o de bagagem, o tender da máquina e o carro de passageiros. Viajavam neste trem umas quarenta pessoas, sofrendo todas ferimentos mais ou menos graves.
(Maio de 1926)
Construção da estrada na serra do Paredão
Registramos, hoje, um dos mais importantes melhoramentos DE que se pode vangloriar o nosso município. Trata-se da rodovia Santa Rita – São Gonçalo – Santa Catarina (Natércia). A árdua tarefa está a cargo do Cel. Erasmo Cabral que aplicou todo o pessoal da fazenda “Paredão” ao serviço da construção desta estrada.
Auxiliado pelo senhor José Cabral, Erasmo mantém uma turma de trabalhadores de cada lado da Serra do Mata Cachorro.
Do alto da serra, para os lados de Careaçu, já é possível transitar desde janeiro. Espera-se que até maio seja inaugurado o trecho da chamada Ponte de Pedra à sede do Paredão, numa extensão de 6 quilômetros.
A estrada é destinada, exclusivamente, ao trânsito de automóveis. Os mata-burros são feitos de madeira de lei, sobre bases de pedra. A maior parte tem 6% de declive, havendo trechos com 8%, no máximo.
(Março de 1928)
Indústria pesqueira
A indústria em Santa Rita é uma necessidade que se impõe. Somos um dos mais ricos municípios do Estado e capazes de realizar grandes empreendimentos. Santa Rita precisa de uma grande indústria. Seria ideal uma fábrica têxtil, mas poderíamos começar por uma indústria de pesca. O Sapucaí banha o município em toda a sua extensão, sendo este rio piscoso, o que pode nos oferecer grandes vantagens.
(Maio de 1926)
A primeira ponte
Reza a lenda que a primeira ponte fora construída por um particular, no mesmo lugar onde temos a ponte metálica. Embora a construção fosse tosca, prestou inúmeros benefícios à população. Contam que seu proprietário era um sujeito honesto e bonachão. Em torno do seu nome a imaginação popular criou várias lendas. Tal ponte tinha um grande portão na entrada. O porteiro era um homem de confiança chamado Joaquim Villela, responsável pelas chaves.
(Novembro de 1926)