O Instituto Nacional de Telecomunicações passou 39 anos com uma única graduação, mas em 2004 essa realidade começava a mudar com a chegada da Engenharia de Computação. A autorização do curso foi publicada em 31 de maio daquele ano, pouco antes do quadragésimo aniversário da Instituição e sua chegada estaria diretamente conectada à unidade de negócios, o Inatel Competence Center.
Desde 1994, o Inatel fornecia desenvolvimento de software para o mercado e o volume de trabalhos para o segmento crescia e já dominava os serviços na época. O Professor Guilherme Marcondes, vice-diretor do Inatel, lembra que o começo da Engenharia de Computação enfrentou algumas dificuldades. “Os alunos de computação chegaram em um curso novo, então não havia a tradição de Telecom com quase 40 anos de existência. Mas os alunos foram buscando formas de interagir e de sobressair”.
O primeiro coordenador foi o Prof. Júlio César Tibúrcio, que em entrevista para o lançamento afirmou que o curso nascia atrelado ao desenvolvimento de software de alta qualidade e a projetos de sistemas computacionais. “Havia também um grande entusiasmo por parte de toda a comunidade do Inatel, no sentido de trabalhar em equipe para que o curso alcançasse grande sucesso” previu o ex-coordenador. E assim aconteceu! A tímida Engenharia de Computação abriu caminho no Inatel, conquistou seu espaço e hoje trata-se de um dos cursos de graduação mais procurados no Instituto.
As carreiras nos segmentos computacionais ganharam o mercado e o curso passou a atrair cada vez mais candidatos. O prof. Rodrigo Guaracy foi coordenador e lembra que seus anos à frente do curso foram desafiadores. “A primeira turma era bastante exigente e como os currículos eram diferentes, as duas turmas não faziam aulas juntas, isso gerava um certo isolamento” Hoje, todas as engenharias oferecidas pelo Inatel compartilham o mesmo currículo base nos períodos iniciais, além disso, foi a primeira vez que o Inatel passava por um reconhecimento do Ministério da Educação. “Nunca havíamos passado por uma avaliação do MEC, foi um trabalho árduo, mas conseguimos reconhecer o curso, que até hoje alcança notas excelentes nas avaliações” conta Guaracy.
Um dos muitos casos de sucesso entre os ex-alunos destas duas décadas de curso é o Prof. Renzo Mesquita, que muito batalhou para destacar e mostrar ao mercado que Inatel não era apenas Telecomunicações. “Eu e um amigo, o Felipe Simões Miranda, criamos a primeira Semana da Computação que seria uma excelente oportunidade de trazer profissionais das áreas e ex-alunos para compartilharem experiências reais, do mercado de trabalho com as novas gerações”.
O Prof. Renzo é o atual coordenador da Computação, foi aluno da segunda turma e confirma que apesar de novo, a graduação vinha carregada com qualidade e, nestes 20 anos, a evolução foi impressionante. “Pudemos testemunhar essa tradição se realizando em maratonas de programação, hackathons de diferentes finalidades, tudo para agregar na formação dos estudantes”.
Neste mercado em ascensão, a chegada definitiva dos jogos eletrônicos como entretenimento beneficiou o crescimento da engenharia de computação. “O game está associado à computação e o jovem, ao desejar aprender sobre games, aprende a fazer software e computação. São questões certamente consideradas na procura do curso pelos alunos” esclarece o Prof. Guilherme.
Ainda sobre os games, o vice-diretor recorda da criação do laboratório específico da área. “O Game Lab surgiu porque os alunos que gostavam muito de games queriam um espaço e criamos um local bem pequeno” brinca Guilherme. Porém o pequeno espaço se profissionalizou, foi batizado de Coders, Developers and Gamers (CDG Hub), ganhou ares de arena gamer e está entre os mais procurados por estudantes de todos os cursos.
Sem dúvidas os desafios sempre aparecerão e, para isso, o Inatel vem preparando os engenheiros focados em soluções, para enfrentarem e criarem novas realidades das quais ainda nem podemos imaginar.
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