Por Rita Seda
Visita de filha é assim: chega com o esposo e a mãe já leva para a cozinha para tomar um cafezinho e, se for hora, começar o almoço. E como fica melhor a comida feita a quatro mãos! Gosto muito dos nossos restaurantes. São todos excelentes, mas tenho comigo que o modo mais eloquente de demonstrar alegria por uma visita é oferecer um almoço feito em casa. Cada filha tem seu jeito e gosto próprios. Eu sempre respeitei isso. Da última vez que uma delas aqui veio foi logo dizendo que queria um strogonoff. Ivon diz que é a comida que liga e desliga… Muito bem, lavado o peito de frango com vinagre, (coisa que tem gente que abomina e já vi muitos no Facebook aconselhando a não lavar o frango, mas não consigo deixar o hábito de lado), cortei, temperei e coloquei na panela de pressão para cozinhar. Terminado o tempo de cozimento, deixei a pressão sair e pedi ao genro para chacoalhar a panela. Tampada, é claro, e ainda quente. Ele o fez, mas minha filha ficou admirada com aquilo. Não disse nada, mandei que abrisse a panela e visse a carne toda desfiada, pronta para receber os outros ingredientes. Gostou de aprender mais um truque culinário. Busquei no armário os ingredientes e entreguei-os a ela para que fizesse o prato saboroso. Os homens foram comprar batatinhas palha. Conversa vai, conversa vem, fizemos uma bela salada com frutas e tomates holandeses, um pouco de ervilha torta com bastante cebola, e estava no fim o preparo do almoço. Foi aí que ela deu o alarme: ”Mamãe, não fizemos o arroz!” Pedi que fosse arrumando a mesa enquanto eu iria providenciar um arroz, em um minuto. Ela me olhou desconfiada, pensou que talvez eu tivesse um arroz pronto, guardado na geladeira. Lavei dois copos de arroz. Peguei uma panela de pressão, coloquei óleo e alho até fritar. Despejei o arroz e temperei com o sal do Himalaia. Depois de frito, medi três copos de água e despejei, mexi um pouco e tampei a panela. A filha, observando. Por coincidência, naquele dia o meu genro trouxe-me um timer, em forma de bonequinho “mestre cuca”, uma gracinha. Quando a panela começou a fazer o barulho da pressão, pedi que colocassem um minuto e um segundo no boneco. E fiquei atenta, pois o tempo voa! Trimmmmm! Desliguei a panela. Enquanto iam para a mesa os outros pratos, deixei a panela fechada. Ao abri-la, minutos depois, os olhos espantados da minha filha viram um arroz soltinho, pronto para ser saboreado. E o nosso almoço ficou completo, para felicidade de todos! Estou idosa, sim, mas quem disse que não gosto de novidades?
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