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Ao amigo Élcio Flávio Murad

(Por Adjair Franco – Dija)

Conhecido como Doutor Élcio, é um homem de coração de ouro. Nascido em Piumhi, no sudeste de Minas, lá morou até os 9 anos de idade, quando se mudou para Varginha. Muito esforçado e dedicado aos estudos, tinha o apoio, a constante presença e o incentivo da educadora e sua saudosa mãe, Dona Julieta.

Após cursar contabilidade, Élcio foi trabalhar no banco. Mais tarde, viu despertar a sua vocação para a medicina, quando fez o vestibular e foi aprovado. Inteligente e incansável, conciliava o trabalho com os estudos, mas era uma rotina tão sacrificada que pensou em deixar o emprego para se dedicar exclusivamente à medicina. Por ser um funcionário muito eficiente e dedicado, o banco propôs que ele continuasse no trabalho, atuando no período noturno. Desta forma, cursou a faculdade de medicina em Belo Horizonte e, com os estudos mais adiantados, continuou com seu trabalho na agência bancária. Esta seria uma decisão muito penosa, mas que valeria a pena no final. Quando era possível, pegava carona de caminhão para retornar a Varginha, visitar a família e rever os amigos em diversões que viravam a noite. Como voltava para casa sempre muito tarde, sua mãe escorava a porta com uma cadeira e, ao ouvi-la cair, sabia que Élcio tinha voltado para casa.

Depois de formado, Doutor Élcio veio para Santa Rita do Sapucaí a convite do Doutor Kallás, onde vive até hoje. Nosso amigo tem lembranças interessantes, dentre elas sobre as viagens que fazia. Em Cachoeirinha, tinha um sítio onde costumava receber os amigos nos finais de semana. Já em Guaipava, era proprietário de um rancho localizado em uma ilha. Sempre atencioso e muito cuidadoso, chegou a contratar um salva-vidas para que pudesse chegar à ilha com total segurança.

Sempre muito brincalhão, inventou a própria “Via-Sacra” em suas viagens: saía de Santa Rita, parava em São João da Mata para comer pastel no Bar do Nadinho e seguia parando em diversos lugares, até chegar a Guaipava.

Através de sua simplicidade, tornou-se muito querido não só nesta cidade, como nos diversos lugares onde costumava visitar. Sua marca registrada é o carinho com que é reverenciado por todos aqueles que tiveram o privilégio de conviver com ele.

Muito respeitado e de personalidade ímpar, agradeço de maneira especial por ter me concedido a honra de sua amizade e a feliz presença em nosso meio. Muito obrigado, Doutor Élcio!

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