Você conhece o santa-ritense “Vítor a Jato”?

(Por Adjair Franco – Dija)

Vítor Gervásio Antônio do Nascimento, nasceu no Chalé. Era filho da Dona Dita e do senhor Lupércio Gervásio, que ficou muito conhecido por tocar prato na Lira São José.

Aos 7 anos, mudou-se para São Paulo. Morava na Vila Mariana, onde trabalhou no Banco Nacional e também nos Correios. Dez anos depois, voltou para Santa Rita e aqui passou a atuar como pedreiro.
Apelidado de Vítor a Jato, sempre foi de uma paciência invejável. Morador da Rua Nova, desce muito cedo e passeia pela praça, caminhando vagarosamente. Só volta de tardezinha. Gosta muito de jogar sinuca e, se uma partida costuma levar 30 minutos, a sua não dura menos que uma hora.

É muito querido pelo bairro e conhece cada uma das pessoas. Tem sempre uma palavra de carinho e de amizade. Certa vez, aventureiro como sempre foi, quis participar de uma corrida de natação, em São Sebastião da Praia. Quase no final da corrida, lembrou-se que o seu bonezinho tinha ficado para trás e voltou para pegá-lo. Acabou não terminando a prova.

Todas as manhãs está ali, sentado na esquina da Rua Nova. Lá pelas 10 da manhã, passa alguém e brinca com ele:

— Acordou cedo, Vítor!

E ele responde:

— Saiba que já fui ao Cruzeiro duas vezes hoje!

É uma pessoa admirável e de ótimo astral! Nas conversas que acontecem em sua esquina preferida, vive reclamando:

— Aqui na Rua Nova, as coisas não são como antes! Eu conhecia todos, até os cachorros! Tudo está mudado! Muitos já morreram, outros nasceram e muita gente mudou ou chegou depois. Só eu estou sempre no mesmo lugar!

Vítor, com certeza, chegará aos 100 anos de vida. Sua paciência deve levá-lo longe! Tem resposta para todos os assuntos. Para ele, a vida é uma eterna brincadeira e alegria. Adora inverter o rumo da conversa e se falam “Que sol! Que calor!”, já responde: “Que isso! Está um frio danado!” E, olhando para o céu aberto e dia limpo, diz:

— Com certeza, vai chover!

Pessoa extrovertida e feliz, é um patrimônio do bairro! Todos aqui têm muito carinho e respeito por ele! Nosso caro amigo, Vítor a Jato!

Recent Posts

Caixinha de surpresas

(Por Rita Seda) Fácil não é entender, de imediato, se a surpresa é vantajosa ou…

5 dias ago

Turismo Rural conectado em Santa Rita

(Por Rogério Leite Ribeiro e Silva) Nos últimos anos, Santa Rita do Sapucaí tem se…

5 dias ago

História não é conto de fadas

(Por Ivon Luiz Pinto) A História desta cidade é muito jovem. Tem seu começo antes…

5 dias ago

O que vi na Expo Osaka 2025

(Por Roberto de Souza Pinto) Estar entre o seleto grupo de líderes sindicais escolhidos para…

1 semana ago

Uma imersão na Bella Époque

(Por Salatiel Correia) A Belle Époque, expressão francesa que significa “Bela Época”, foi um período…

1 semana ago

A história de Nego do Lucindo

(Por Bráulio Souza Vianna) Raimundo Matias estava sentado na venda do Murilo. Ninguém o chamava…

1 semana ago