(Por Elísio Rosa)
Antigamente, em Santa Rita, a produção de café era realizada, praticamente, pelas mãos valorosas de trabalhadores braçais. Eles atuavam, desde a preparação da terra pela enxada, passando pela colheita e pelo transporte, até a exportação. Na época certa, a plantação nas serras em torno da cidade enchia-se de folhas verdes e brilhantes, sobressaindo pequenas flores brancas de onde vinham os frutos. Era o prenúncio de uma boa colheita. Na época da colheita, era necessário contratar trabalhadores para esse ofício temporário. Era um trabalho manual que exigia habilidade. Eram as mulheres que realizavam a colheita de cada pé de café. De manhã, elas iam às centenas para a colheita. Um lençol era colocado embaixo de cada pé de café para, com as mãos, debulhá-los. Ali estava o quanto cada debulhadora ganharia pelo serviço prestado. Elas levavam a sua matula e, lá pelas dez horas, almoçavam. Em torno das três horas da tarde, findava a jornada para recomeçarem no dia seguinte.
O café colhido era colocado num pátio para secar e, depois, irem para ser descascados e ensacados. Homens fortes transportavam a sacaria até aos carros de boi ou pequenos caminhões, até ao armazém. Cada saco pesava em torno de uns 60 quilos. O meio de transporte para exportação era o trem (RMV) de cargas que retirava as sacarias armazenadas, no depósito da estação.
Era comum, a cada ano, os cafeicultores de Santa Rita que possuíam plantações no Paraná, principalmente em Cornélio Procópio, contratarem trabalhadores para a colheita naquele estado. Eles iam na carroceria de um caminhão pequeno (Pau de Arara) que tinha umas tábuas, colocadas transversalmente, onde se sentavam e ali mesmo dormiam e se alimentavam como bóias frias. Para fazer as suas necessidades fisiológicas, solicitavam ao motorista uma parada. Era uma viagem extensa, por rodovias sem asfalto, que durava dias. Só homens saudáveis eram contratados. O pau de arara saía do começo da avenida Dr. Delfim Moreira. Após a jornada, voltavam felizes para rever seus familiares e amigos.
Em Santa Rita do Sapucaí, cidade onde — até pouco tempo — todo mundo se…
Em um exemplar preservado do jornal Correio do Sul, provavelmente datado do final da década…
No dia 9 de outubro, o coração cultural de Santa Rita do Sapucaí baterá mais…
(Por Carlos Romero Carneiro) No poema “Os nomes”, Carlos Drummond de Andrade diz que “Minas…
De um ducado alemão a Santa Rita do Sapucaí, a história do médico militar que…
Santa Rita do Sapucaí acaba de dar mais um importante passo rumo à modernização e…