(Por Ivon Luiz Pinto)
A Bíblia nos conta que Jesus dormia no barco durante uma tempestade e os discípulos ficaram desesperados e o acordaram. “Mestre, estamos perecendo e tu não te importas?”
Ao ouvir o padre João Carlos compreendi que é uma cena cheia de significados e mais que uma tempestade de ventania forte, ondas enfurecidas, vento forte e mar bravio. Ela representa ações das forças do mal. Nós, como humanidade, estamos no meio de uma grande tempestade que é a pandemia do novo coronavírus. Caminhamos para um ano e meio de sofrimento e hoje tristemente o contador ultrapassou a marca de 500.000 perdas humanas para a covid 19 em nosso país. Estamos no meio de uma tremenda tempestade e, como os discípulos da Galiléia, nós nos dirigimos a Jesus, desesperados: “Mestre, estamos perecendo e tu não te importas?”
Em março do ano passado, numa sexta-feira da Quaresma, no entardecer chuvoso, nós vimos o Papa Francisco sozinho, atravessando a Praça de São Pedro vazia para iniciar um momento de oração. Foi uma cena impressionante que encheu de lágrimas muitos corações. Ele subiu as escadas da Basílica de São Pedro mancando e conduziu oração inspirada nesse evangelho da tempestade. Há alguns ensinamentos para aprendermos. O primeiro é que a tempestade desmascara a nossa vulnerabilidade e nossas falsas seguranças e faz cair a nossa maquiagem de autossuficientes e de poderosos senhores da Terra. Um vírus desconhecido mostrou a nossa fraqueza e a vaidade da nossa correria. Outro ensinamento é que a tempestade provoca o reconhecimento de nossa pertença comum mostrando que somos uma única humanidade e que não há solução fora do apoio mútuo, da ajuda recíproca. A tempestade pela qual estamos passando nos mostra que é o tempo da solidariedade, da sensibilidade para com o luto, a fome e o desemprego. É tempo de fazer-se próximo do irmão caído à margem da estrada, tempo de sermos bons samaritanos, e é também, o tempo da fé, da oração, da confiança em Deus, pois é dEle que vem a força que nos faz criativos e comprometidos com a gestação de um futuro melhor. Em nossa história, avançamos a toda a velocidade sentindo a avidez de lucro e não nos detemos perante os apelos e nem nos despertamos face às guerras, injustiças planetárias. Não ouvimos o grito dos pobres e do nosso planeta gravemente enfermo e avançamos pensando que continuaríamos sempre saudáveis num mundo doente.
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