Por Carlos Romero Carneiro
Várias tentativas foram feitas para desmembrar Minas Gerais para a criação de um novo estado. Há alguns anos, apresentamos um projeto do Século XIX que transformaria o sul de Minas e o norte de São Paulo em uma nova província. Mais tarde, tivemos notícias das intenções de separar o triângulo mineiro. Por fim, um documento publicado em 1998 pelo Instituto de Pesquisas SP/Minas, tinha como objetivo transformar o sul de Minas em um outro estado. Através dele, uma pesquisa com três cidades da região (Poços de Caldas, Três Corações e Guaxupé) apontava o desmembramento como uma boa alternativa.
Das razões para fatiar o estado, o documento destacava a “natureza afetiva, comum à boa parte dos sul-mineiros.” e justificava que havia um conflito de identidade, ou conflito de cidadania. Dizia que, nas viagens que faziam a outras localidades do Estado, era comum as pessoas vê-los como paulistas, fazendo com que se sentissem “estranhos no ninho”, o que justificaria o desmembramento.
Por conta desse “conflito de cidadania”, o documento assinado por Luiz Antônio Pereira, diretor do tal Instituto de Pesquisas, afirmava que o povo no sul de Minas era dono de “dupla personalidade cultural”. E seguia dizendo que os moradores desta região frequentavam mais São Paulo do que Belo Horizonte, que mais torciam para times de outros estados e que não liam jornais de BH.
Para eles, a região sul de Minas vivia à margem de dois estados, tendo as suas riquezas drenadas para a capital mineira e a paulista, o que justificaria uma divisão. E dizia que, sempre que as pessoas perguntavam a si mesmas se eram mineiras, a resposta nunca era satisfatória.
Por conta desses elementos e razões citados acima, o documento propunha a criação de um movimento para criação do “Estado do Sul de Minas”. Nesta nova configuração, Varginha seria a capital por estar entre Rio de Janeiro, São Paulo e BH; por sediar várias repartições estaduais e federais; por ter um centro médico e universitário de expressão regional; por ter forte expressão agrícola e por ter uma população com boa qualidade de vida.
Segundo o “Instituto de Pesquisas” sediado em Guaxupé, a “maioria absoluta da população”, 50% das pessoas entrevistadas, era a favor do desmembramento.
Para vencer os impedimentos e tornar possível a implantação do novo estado, o documento dizia ser necessário a “Coerção Social” (Pressão e repressão que uma sociedade exerce sobre o indivíduo) e mobilização da população para que fosse realizado um plebiscito, no dia 3 de outubro, junto com as eleições gerais.
Como sabemos, tal ideia não vingou. Mesmo que 84% da população de Varginha fosse a favor, o projeto não recebeu apoio do restante da região.
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