Por Rita Seda
Meu amor pela leitura devo à minha irmã Carminha. Começou a ensinar-me a ler muito cedo, quase que por brincadeira. Ela ganhara de um namorado um banquinho, miniatura dos bancos de nossa praça. Leu para mim o que estava escrito nele, eu gostei da primeira aula e não a deixei mais em paz. Naquele tempo, os livros eram raros, pelo menos em nossa casa. O primeiro que ganhei foi um de poesias do escritor Bastos Tigre. Logo, já sabia de cor o conteúdo, mas continuava lendo. Outro, foi Reinações de Narizinho, de Monteiro Lobato. Fiquei fascinada! Pedia mais! Lia, também, todos os meses, a revista Ave Maria e o jornal Semana Religiosa, do Bispado. Tinha verdadeira fome de ler. Dodô sempre trazia, de São Paulo, revistas em quadrinhos que ele lia primeiro e depois passava para mim. Não tenho certeza, parece-me que era o Gibi. Gostava muito de histórias de fadas, devorei os “Contos de Grimm”, “Os mais belos contos de fadas Iugoslavos” e amava “As aventuras de Pedro Malasartes”. Ivon comprou num sebo um livrinho de contos folclóricos brasileiros, de autoria do afamado Câmara Cascudo e nele estão inseridas seis histórias do arteiro Pedro. Para mim, foi um prato feito. Pude recordar histórias que amei, que li e contei, com muito gosto, para meus filhos e alunos. Tem também a história da Moura Torta, que os alunos amavam, pela lição que a maldosa bruxa tomou. Eu havia esquecido alguns detalhes, foi bom recordar. Coisas que a gente viveu e que é gostoso relembrar. Há um verdadeiro fascínio na literatura de ficção. Valeu ter sido alfabetizada cedo, pois tive mais tempo para ler. – Obrigada, minha irmã! Do meu tempo de criança tenho, entre outros, um livro que era usado nos primeiros anos escolares. Ainda me causa muita emoção pelo seu conteúdo de textos italianos baseados em revoluções e a coragem das crianças que ajudavam os militares. Minha história predileta era “O tamborzinho sardo”. Nome do livro: “Coração” e seu autor, De Amicis. O livro é um amigo de quem podemos desfrutar, que nos fala à alma e está à nossa disposição para nos fazer companhia na hora que quisermos. Temos um neto devorador de livros. É o Felipe. Estou certa de que esse gosto contribuiu para que ingressasse numa faculdade federal. Ler é isso: distrai, instrui e incute valores no leitor.
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