(Por Cyro de Luna Dias)
Até as primeiras dezenas do século vinte, a caça era abundante: antas, veados, porcos do mato, capivaras – estas ainda hoje vistas pastando nas margens do rio – lontras, que pareciam gatos brincando na água, com o seus esguios e macios corpos, brilhando molhados; graxains, macacos, pacas, quatis, tatus de carne apreciada – exceto os grandes canastras, notívagos com cerdas entre as duras carapaças, evitados porque se dizia que alimentavam-se de cadáveres. Aves em bando numeroso nas matas, piando ao entardecer, macucos, urus, nambus e fauna miúda dos socós, pombos do mato, rola e milhares de passarinhos alegres e cantadores. Onças que bramiam pelas trilhas dos cavaleiros, ainda hoje vagam na encosta sul da Serra do Paredão. As antas desapareceram, completamente; o nome do bairro, Pouso D’antas, designava o lugar preferido onde se banhavam e se reproduziam. Outros animais da nossa fauna eram raros e só avistados no fundo das últimas florestas. É injusto atribuir somente aos caçadores o desaparecimento dos animais e aves silvestres. O desmatamento foi o maior culpado. O criminoso uso dos agrotóxicos matou muito mais do que todos os caçadores; no sulco das plantações de arroz, tratadas com produtos químicos, Aldrim e Furadam, enfileiram-se pequenas bolas de penas de codornas e perdizes mortas. Quando as autoridades, em vez de somente tomarem as espingardas, confiscarem as latas de agrotóxicos, a fauna voltará a povoar os campos.
(Texto extraído da obra “Crônica das Casas Demolidas – Editora Gabinete)
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