(Elísio Pamphiro Rosa)
No fim da década de cinquenta, o Secretário Estadual de Educação de Minas Gerais esteve em Santa Rita. Foi uma vinda auspiciosa e cheia de significado positivo. O objetivo, segundo diziam, era visitar e saber das necessidades das escolas estaduais. Ele foi recebido com sua comitiva pelas autoridades locais, diretores de escolas, prefeito, vereadores e outros. As nossas autoridades apresentaram-se impecáveis e com muita afabilidade. Os poucos alunos selecionados para a recepção estavam rigorosamente uniformizados e com um comportamento de soldado do exército. Uma boa faxina foi feita nas escolas que parecia que aquela limpeza fazia parte do cotidiano.
Após um banquete o secretário e sua comitiva foram visitar as escolas acompanhados dos nossos diretores e autoridades locais. O professor de Artes da Escola Normal quis presentear o secretário com uma pintura a óleo. Ele pintou sobre tela a praça da cidade com os bancos, o coreto, a fonte, as árvores e flores. Ficou um belo quadro que demonstrava a sua habilidade. Um quadro de 80cm. X 60cm. Uma bela moldura ornamentava ainda mais aquela obra de arte. Entretanto, ele usou na pintura tinta a óleo que leva até meses para secar. Como ele pintou poucos dias antes da chegada do secretário, a ansiedade do professor aumentava para que a tinta secasse. Nem o sol com seus raios fulgurantes secavam aquela obra.
Na escola normal o secretário discursou e após o badalado discurso o professor de artes ofereceu o quadro ao secretário que pouco olhou, mas educadamente agradeceu ao professor. Ele pediu para um adjunto cuidar do quadro para ser transportado com a comitiva a Belo Horizonte. O quadro foi embalado com jornal e papelão. Quando chegaram a Belo Horizonte o responsável pelo quadro viu que o jornal e o papelão tinham colados na tinta fresca. O funcionário tirou o jornal e o papelão que já tinham deformado a obra. Assim mesmo o subserviente o guardou.
Meses depois houve uma exposição de arte moderna no saguão da Secretária da Educação. O secretário esteve presente e parecia gostar das Obras do Movimento Modernista. Como Di Cavalcante, Tarcila do Amaral e outros. Parecendo entusiasmado com aquelas pinturas lembrou-se do quadro que ele ganhou em Santa Rita. E pediu para que o adjunto o levasse ao seu gabinete no dia seguinte. Assim foi feito. O secretário fixando os olhos naquela pintura toda bagunçada, onde o vestígio da praça não mais existia, exclamou: Essa pintura pode competir com as de Di Cavalcante. E a colocou na sua sala que está lá até hoje.
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