(Por Adjair Franco – Dija)
Filho do saudoso senhor João Pata e de Dona Terezinha, Sebastião Pata nasceu em 22 de março de 1952. Seu primeiro emprego foi na Casa Miranda, onde trabalhou por 7 anos, e aprendeu o ofício de atender bem os clientes.
Na juventude, jogou bola por muito tempo, no lendário time do Cabeça de Vaca, do bairro da Eletrônica.
Seus amigos de infância sempre estiveram ao seu lado: Chicão do Alemão, Hildebrando, Tião e Rubinho do Rubião eram seus companheiros inseparáveis.
Quando Tião começou a trabalhar na tradicional Casa ABC, de propriedade de seu primo, Benedito Carli, era tratado como um filho. Era tão bom comerciante que chegou a ganhar um prêmio da Associação Comercial de Santa Rita do Sapucaí, tendo se destacado como funcionário modelo. Em todos os anos em que atuou na Casa ABC, Sebastião colecionou muitas histórias com seus colegas de profissão, conhecidos como Bazinho, Tiãozinho e Sininho. Além deles, também havia um menor aprendiz, alegria do estabelecimento, conhecido como Mário Reginaldo.
Conta-se que o senhor Benedito Carli levou o Marinho para receber uma conta na cidade vizinha. Quando lá chegaram, pediu ao Marinho para cobrar o que deviam na loja. Quando um homem atendeu à porta, o tal garoto Marinho tremeu na base. Era um senhor de dois metros de altura, muito forte, que foi logo perguntando o que estava acontecendo. O molequinho respondeu que o senhor Benedito Carli mandou cobrar o que ele devia na loja e o homem respondeu, com voz muito fina, que iria à Casa ABC acertar. Marinho caiu na gargalhada, de nervoso, mas com muito medo daquele senhor.
Voltando ao Tião Pata, a fama que corria era de que os fregueses dos bairros Bom Retiro, Fagundes e outros circunvizinhos davam preferência a comprar dele. Enquanto ele não atendia, o povo não saía da loja. O vendedor ficava exausto com tanto trabalho, mas mantinha a alegria e seu ótimo atendimento. Muito atencioso e sempre prestativo, fazia com que todos se sentissem à vontade e cumprimentava a todos que passavam em frente ao estabelecimento, fosse criança ou idoso.
Somente com o falecimento do senhor Benedito Carli que Tião deixou de trabalhar ao seu lado. Montou a sua própria loja, no mesmo ponto que já contava com 16 anos de existência.
Hoje, com 72 anos, passou a loja para o seu filho, Alex Sander Dario Pata, que mantém a boa qualidade do servir, herdando o dom que recebeu de seu pai.
Tião é o mesmo, ontem, hoje e para sempre! Mantém a alegria cativante, continua na paz e procura sempre fazer feliz quem convive ao seu lado!
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