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Memórias de Paulo Sacristão (Por Adjair Franco)

Trabalhador desde criança, Paulo Dionísio de Melo sempre foi muito dedicado e criativo em tudo o que fazia. Tio Paulo, como é conhecido, sempre foi presente e cuidadoso com os sobrinhos e filhos. Foi jogador de futebol e atuou no Fluminense de Santa Rita. Ele conta que foi colega do Sr. Ronaldo de Carvalho, no Colégio Sinhá Moreira. Também gosta de relatar fatos e lembranças das passagens que marcaram a sua vida. Certa vez, tio Paulo conseguiu montar uma fanfarra, com muitos membros que se apresentavam no dia 7 de setembro. Além de se apresentarem em Santa Rita, também viajavam para as cidades vizinhas.

Foi sacristão por muitos anos, na Igreja Matriz de Santa Rita de Cássia. Ocupou o lugar que havia sido do senhor Arthur, pai do doutor Arlete Telles Pereira, muito conhecido por aqui. Acompanhou toda a vida sacerdotal do saudoso Monsenhor José Carneiro. Muito religioso e dedicado à igreja, sentiu a necessidade de tocar órgão para animar as celebrações. Curioso e de ouvido apurado, foi aprendendo a tocar e se aperfeiçoando com o passar do tempo. Pelo dom da música, é reconhecido por todos. Participou de inúmeras missas em latim e viveu a transformação da igreja, no Concílio Vaticano II.
Dedicou-se muito no serviço laical da igreja. Especialmente no mês de maio, se ocupava de ensaiar as crianças que se vestiam de anjinhos para as coroações de nossa senhora, durante todo o mês.
Relembrando o coral da igreja, formado só por crianças, os ensaios era acompanhados por Ir. Flávia e nos apresentávamos aos domingos. Eu, com 7 anos, já participava com as amigas de quem me lembro: Alaíde Moreira, Denise Grillo, Robele Bueno, ngela Albino, dentre outras.

Com o tempo, tudo foi mudando. Vieram outros membros para compor o coro, mais adultos, que cantavam em missas, casamentos e bodas. Tio Paulo se aposentou e, mesmo depois, continuou a tocar órgão. Se antes tocava o harmônio, que é mais parecido com o piano, o padre Furusawa, vendo a sua dedicação e empenho, montou um pequeno órgão. Ele tocava em tocas as missas, desempenhando o seu dom com louvor.

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