Era um leilão de prendas. A barraca toda enfeitada de cartuchos brancos, repicados e dependurados em volta, davam a ideia de pequenos guarda-chuvas prestes a se abrir. Luzes, muitas luzes destacavam a parte central, onde depositaram toda a sorte de prendas: assados, frangos, leitoa, pães recheados, objetos, tudo enfeitado com laçarotes.
Quando terminou a novena, o vigário anunciou o leilão. Aos poucos, o pessoal se reuniu em tornou do coreto. Alguns já sabiam, de antemão, aquilo que queriam levar para casa; um cartucho, um frango ou um pão-de-ló.
Dr. Joaquim foi chegando, enquanto conversava animadamente com seu compadre sobre os vários problemas da cidade e sobre os desgovernos do país. Sua prosa só foi interrompida quando percebeu que o leiloeiro oferecia uma garrafa de seu vinho francês favorito. Ele surpreendeu-se com aquela peça tão difícil de encontrar, própria para paladares altamente apurados.
Como seu estoque da bebida estava quase no fim, resolveu dar lances e disputar a prenda. Ao seu redor, ninguém se importava. Joaquim estava sozinho no páreo e ficou muito contente quando o leiloeiro bateu o martelo.
O homem voltou para casa satisfeito. Imagine só, arrematar uma garrafa do vinho preferido por uma bagatela daquelas.
Quando mostrou o “troféu” à esposa, ela pegou a garrafa já sabendo que encontraria sua letra no fundo. O vinho haveria de voltar para o lugar de onde estivera há dias.
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