Fui convidado pelo jornalista e amigo, Evandro Carvalho, Presidente da ALCA (Academia Santa-ritense de Letras, Ciências e Artes), para apresentar o segundo volume do Almanaque Cultural Santa-ritense. A ocasião marcaria um momento relevante da minha carreira. Um tempo de transição em meio a tantas transformações impostas pela vida. Em 2016, produzi a minha primeira ficção, ainda inédita. Através deste trabalho, talvez tenha a oportunidade de avançar sobre as montanhas do vale. Na mesma noite, aconteceu a premiação de um concurso de contos e poesias. Ao ver aquelas crianças interessadas por literatura, rodou um filme na minha cabeça. Lembrei de como tudo começou…
Minha carreira como escriba nasceu junto com o interesse pela história da comunidade. A convergência destes dois elementos foi fundamental para o surgimento de um primitivo jornalzinho que espalhávamos pela escola, à minha curta passagem por um jornal local e pelos documentos que coleciono desde a infância. Tal combinação, ditou os rumos do Empório de Notícias. Um veículo de posicionamento cultural que, caso consiga vencer uma crise que sacrifica o desejo de seguir em frente, deve completar uma década no ano que vem.
Em todo esse tempo, procuramos aglutinar o que fosse relevante para a perpetuação da memória da cidade. Em parceria com uma competente equipe de colaboradores, levantamos informações e criamos um elo capaz de fazer com que as pessoas conheçam as próprias origens. Através do apoio dos anunciantes espalhados por nossas páginas, produzimos centenas de textos. E foi de uma seleção de 250 matérias, divididas em três volumes, que criamos o Almanaque. Tal projeto foi implementado para reunir, em um só local, fontes de pesquisa, conhecimento e cultura. Acho que conseguimos, embora nem todos deem crédito. Infelizmente, para nossas autoridades, mais vale um show do Michel Teló, a custo de dezenas de milhares de Reais, do que anos de pesquisa histórica e dos milhares de exemplares distribuídos, gratuitamente, todos esses meses. Questão de prioridade. Tentem encontrar um Almanaque na Biblioteca Municipal. O primeiro foi cortesia. O segundo, talvez não chegue.
Ao olhar para trás, fico contente por deixar rastros capazes de beneficiar as pessoas com quem convivo. Dentro das minhas várias limitações, sempre fui motivado por um idealismo quase inocente de estabelecer um diálogo com os nossos conterrâneos e impedir que as suas histórias se percam.
Na noite gentilmente oferecida pela ALCA, manifestei gratidão pela oportunidade de apresentar o meu último livro e reforcei o interesse em prosseguir com o ofício. Como não poderia deixar de dar uma bola fora, disse que o meu próximo livro será lançado “no ano passado”. O importante é que a essência estava lá. Obrigado aos amigos presentes, aos acadêmicos da ALCA e bons ventos para nós todos!
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