Se um visitante ou morador do município de Santa Rita do Sapucaí caminhasse por uma rua, ou se aproximasse de uma residência qualquer da cidade, poderia acreditar que aquela era uma construção como tantas outras. Mas através de um projeto inovador empreendido pela Secretaria de Cultura do Município, o visitante saberá que está diante da residência de um antigo Presidente da República, de um jogador pentacampeão mundial, do médico que realizou a autópsia do carrasco nazista Mengele ou de um ídolo da era de ouro do rádio.
Desenvolvido pela Prefeitura Municipal de Santa Rita do Sapucaí, o projeto “Memórias Santa-ritenses” une tecnologia e história da comunidade para transformar Santa Rita em um museu a céu aberto. Através de centenas de placas metálicas espalhadas pela cidade, são contadas histórias de ruas, personalidades, monumentos, passagens pitorescas e pontos turísticos do município. O objetivo é preparar “O Vale da Eletrônica”, para a recepção dos visitantes, após o fim da pandemia.
O que diferencia este projeto das conhecidas placas existentes em cidades históricas é que cada sinalização possui um QR Code que leva o turista, morador da cidade ou pesquisador, a uma complexa plataforma de informações. Ao se deparar com uma antiga residência, é possível acessar vídeos, fotografias e documentos que remetem às memórias daquele local. Se o visitante passa pela residência onde viveu um antigo músico, consegue ter acesso a registros raros de suas apresentações e tem a oportunidade de conhecer a trajetória do artista.
Com 100 placas já instaladas, o projeto “Memórias Santa-ritenses”, disponibiliza um mapa com todas as atrações para que sejam traçadas rotas via Google Maps e um mapa vetorizado para impressão e divulgação em estabelecimentos comerciais e escolas. A plataforma de suporte ao projeto também disponibiliza centenas de documentos, já formatados em Word, para que crianças possam realizar suas pesquisas escolares e a comunidade conheça melhor as suas origens. Também é possível baixar um aplicativo para que o acesso seja facilitado, via celular.
“Todas as ruas, monumentos e construções carregam memórias, lembranças, lendas e causos. Quando desvendamos o passado destes locais, um mundo de conhecimento descortina-se diante de nossos olhos. Naquele momento, o local por onde passamos deixa de ser estranho e passa a nos transmitir algum tipo de significado. A proposta deste projeto é justamente esta: contar um pouco das histórias escondidas em nossa cidade para proporcionar conhecimento, cultura e lazer aos moradores e visitantes. E, neste modelo, toda cidade pode se tornar histórica. ” – conta Carlos Romero Carneiro – responsável pela criação e execução do projeto.
Após a implementação da primeira etapa, com a aplicação dos 100 pontos iniciais, a Secretaria de Cultura prepara a execução de uma segunda fase, composta de peças históricas que encontram-se em ambiente externo, como postes, obras, afrescos, esculturas e residências. Também serão aplicadas em estabelecimentos comerciais com maior apelo turístico, placas que darão acesso aos talentos da terra. “Será possível um visitante ver um autor ler o trecho de sua obra ou conhecer o trabalho de um músico local, enquanto espera pelo almoço ou café. As possibilidades deste projeto são infinitas!” – ressalta Romero.
A plataforma do projeto “Memórias Santa-ritenses” pode ser acessada através do link www.memoriasrs.com. Através dela, é possível conhecer os 100 primeiros pontos, acessar documentos, fotografias e vídeos, ter acesso ao mapa das atrações e baixar o App. A previsão para instalação dos outros 100 pontos está prevista para agosto deste ano.
O projeto Memórias Santa-ritenses foi desenvolvido pela Coordenação do Museu Delfim Moreira, através do apoio do Comtur (Conselho Municipal de Turismo) e do Compac (Conselho Municipal do Patrimônio Artístico e Cultural). Uma iniciativa da Secretaria Municipal de Esporte, Cultura, Lazer e Turismo, através da Prefeitura Municipal de Santa Rita do Sapucaí, dentro do “Movimento Cidade Criativa, Cidade Feliz”.
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Boa noite! Gostaria de saber se procede que no santuário de Santa Rita já teve placa alusiva à imigrantes italianos em Santa Rita!? Meu bisavô Orlando Santucci veio de Lucca na Itália , não sei ao certo mas acho que século 19
Parabéns. Belíssima iniciativa.