Oito e meia da manhã de uma quinta-feira, nos preparávamos para uma entrevista com o reconhecido cabeleireiro Rogério Magalhães, quando chegaram algumas clientes de Itapira, como sempre acontece no salão. “É bem comum recebermos fregueses de outras cidades. Já me sugeriram montar um estabelecimento fora, mas a vinda deles valoriza o meu trabalho.” Acostumadas com a excelência daquele rapaz de fala mansa e sorriso no rosto, os visitantes talvez não tivessem ideia do quanto ele batalhou até contratar nove colaboradoras que atendem centenas de pessoas, semanalmente.
A trajetória profissional de Rogerinho teve início ainda nos anos oitenta quando, no lugar de secadores, cremes e tesouras, atuava como um “faz tudo” em uma das primeiras empresas do Vale da Eletrônica. Foi o primeiro funcionário da Leucotron, indústria que acabava de surgir na rua do queima, nos meados dos anos 80. Começou muito jovem, inexperiente, mas tinha um mundo de responsabilidades. Pintava paredes, fazia faxina, montava placas, lidava com faturamento, suprimento, almoxarifado e importação. Incentivado pelos empresários Marcos e Dilson, estudou Administração de Empresas e fez pós em Comércio Exterior. Naquela correria, sentia que algo lhe faltava e decidiu trilhar o próprio caminho. Depois de quatorze anos na Leucotron, pediu as contas e abriu o próprio negócio.
Acostumado à excelência de seu primeiro trabalho, não conseguiu se adaptar ao perfil do novo empregador e decidiu estudar no período noturno. Sem dinheiro, explicou à dona de um curso de cabeleireiros de Pouso Alegre que estava apertado e ganhou três meses de carência para aprender a nova habilidade. Não imaginava que, um ano depois, seria professor de penteado daquela mesma escola e teria encontrado a profissão com que sempre sonhou. Conectado ao que acontece no mundo, Rogerinho devorava revistas de cortes, não perdia um curso, participava de feiras promovidas no país e aprendia tudo o que surgisse em torno de sua mais recente empreitada. “Quando surgiu o alisamento, fui o primeiro a trazê-lo para Minas Gerais. Ninguém fazia este trabalho por aqui.” – recorda.
Habituado a mudanças frequentes e sem medo de tomar decisões que pudessem transformar a sua vida, o cabeleireiro abriu o próprio salão, realizou 197 cursos (incluindo o “Pivot Point”, na Argentina) e passou por treze locais diferentes, até encontrar o ambiente perfeito. Com clientes fiéis, alugou casas que poderiam trazer comodidade maior aos frequentadores de seu “clube” e colecionou amizades que duram uma vida toda. “Eu quero que as pessoas venham e sintam-se transformadas. Nosso trabalho não é só fazer um bom corte ou uma maquiagem perfeita. Lidamos com a autoestima das pessoas e queremos que elas saiam contentes. Este é o segredo do nosso negócio.”
Depois de dezenove anos de profissão, Rogerinho fez uma retrospectiva de seu trabalho para concluir que está em seu melhor momento. “Tenho freguesas que atendo desde o início e outras que chegaram agora. Atendo empresárias e gente simples do campo e faço questão de que todas saiam felizes. Aqui, não fazemos qualquer distinção. Trabalhamos com seres humanos e ponto. Felicidade é isso. Levar um pouco de vida às pessoas, através de nosso trabalho. Não tenho intenção de ser melhor que ninguém. Quero oferecer o melhor de mim.”
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