Terezinha sempre foi fascinada pelo meio musical, mas era repreendida pelos pais. Na infância, vivida em Recife, adorava cantar e chegou a ser assediada por um produtor que, após ouvir sua voz, a convidou para trabalhar como artista. Quando soube da oferta, sua mãe colocou o homem pra correr, com medo de que o marido tomasse conhecimento da proposta e perdesse as estribeiras. Seu pai detestava artistas de rádio e vivia dizendo que nenhum deles prestava.
Na juventude, Terezinha foi secretária em uma fábrica de discos chamada Mocambo. Como era recepcionista, tinha contato com um bom número de artistas. Certa vez, Altemar Dutra esteve lá e se encantou com a beleza da moça. Naquela noite, o cantor a levou para um baile e cantou “Que queres tu de mim” em seu ouvido. O romance durou algum tempo. “Tivemos um xodozinho!” – ela conta.
Outra celebridade que conheceu nos tempos da Mocambo foi Nelson Gonçalves. “Aquele homem era uma ‘maconhada’ só. Eu não conseguia entender como ele podia cantar tão bonito, gago do jeito que era.” – recorda. A moça disse que também chegou a conhecer Moacir Franco e Vicente Celestino, mas afirma que manteve apenas conversas formais, enquanto estiveram na fábrica para negociar a produção dos discos.
Terezinha veio morar em Santa Rita, há 12 anos, convencida pela filha, que havia chegado um pouco antes. No começo, hesitou em se mudar, mas ficou tão apaixonada pela cidade que não quis ir embora. Hoje, ela ocupa uma pequena residência no Casa de Assistência aos Pobres e Idosos, toda ornamentada com flores, enfeites e recortes de seus grandes ídolos.
Sempre simpática, alegra-se ao dizer que tornou-se uma celebridade local. Com seu peculiar bom humor, ela conquistou muitos admiradores e, por onde passa, é tratada com distinção pelas pessoas. “Se eu chegar em algum lugar e as pessoas não se sentirem melhor, é porque eu não fui.” – brinca.
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