A partir de uma proposta feita às escolas de Santa Rita, tanto estaduais quanto municipais sobre a discussão, por meio de palestras de temas relevantes em seu contexto e relacionadas ao trabalho do psicólogo, notou-se a crescente demanda do tema Indisciplina Escolar e a relação professor-aluno.
Verificou-se que esta queixa tem se tornado cada vez mais frequente nas instituições de ensino, cuja configuração vem se modificando com o passar dos anos. Encontram-se nas salas de aula manifestações diversas de indisciplina, que antes tinham prevalência no gênero masculino, mas que hoje já aparecem e com grande frequência no comportamento das meninas, atitudes que vão desde agressões verbais a físicas, tanto dirigidas ao professor e colegas como também ao próprio estabelecimento deteriorando materiais do ambiente escolar.
Obviamente que a indisciplina é um evento sinalizador de que algo não caminha conforme o esperado dentro desse contexto de ensino, o que nos leva a questionar o que estaria relacionado à emissão de tais comportamentos e como todos os envolvidos no processo de educação poderiam intervir de forma mais assertiva para solucionarem o problema.
Assim, é preciso pensar nas variáveis relacionadas ao ambiente familiar, escolar e social. Quanto à família o que se tem verificado constantemente é a permissividade dos pais, falta de controle e ausência de figura de autoridade, possivelmente a proteção excessiva e a reprodução de modelos já existentes.
No que tange à escola pode-se considerar a necessidade dessas em saberem receber os alunos em sua individualidade, colocarem regras e repensarem em sua conduta pedagógica, ou seja, no que tem feito para atrair o interesse dos estudantes, consequentemente reduzindo comportamentos disfuncionais.
Com relação ao meio social faz-se fundamental observar quais são os tipos de mídia em que a criança/adolescente estão expostos, jogos, desenhos, e quais as influências (modelos) recebem de outras pessoais com as quais têm contato.
Desse modo, é possível perceber que as intervenções devem ser feitas em todos os contextos onde o estudante está inserido e não apenas no âmbito escolar, priorizando sempre o diálogo entre essas esferas e atentando-se principalmente ao que aluno tem a dizer, aprender a ler seu comportamento é de grande relevância e dá direcionamento ao trabalho a ser realizado.
Thaís de Cássia Cintra de Faria / CRP 04/42648 / Rua Comendador Custódio Ribeiro, 562 – Centro – Santa Rita do Sapucaí / Cel: 9932-5554
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