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A história de sucesso da santa-ritense Mariana Vilela

(Bianca Camatta para PEGN)

É com aconchego e simpatia que os clientes que frequentam a casa de Mariana Vilela, 29 anos, mais conhecida como Mari Marola, são recebidos. Pão de queijo, iogurte e broa de fubá são alguns dos quitutes servidos em versões veganas nos brunches oferecidos no local, situado no bairro de Santa Teresa, no Rio de Janeiro. Quem tem interesse por gastronomia pode participar de aulas de culinária no espaço.

Nascida em Santa Rita do Sapucaí, Mari se aproximou da gastronomia em 2012, quando ingressou no curso de direito na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Vegana, precisou aprender a se virar na cozinha. “Eu não sabia nem cozinhar arroz.” Com o tempo, começou a fazer hambúrguer vegano, pois era algo fácil e gostoso. Quando amigos experimentaram, a sugestão de vendê-lo logo surgiu. Ela lembra que, na época, comidas vegetarianas e veganas não eram tão comuns, por isso a sua receita chamou atenção.

Comida deliciosa, com atmosfera do interior.

A empreendedora começou a vender os produtos na faculdade. Depois, comercializou o quitute na praia e em feiras, até que a renda gerada com as vendas começou a superar o que ela ganhava na área jurídica. Como já não estava dando conta das duas atividades, optou por deixar o estágio.

Perto do final da graduação, o irmão de Vilela faleceu. Foi quando ela tomou uma decisão: “Eu não vou esperar a minha aposentadoria chegar para fazer o que eu quero, porque a gente não sabe o dia de amanhã.” Após tirar a carteirinha da OAB, viajou para Nova York e fez um curso de culinária. Por lá, ela pôde aprender e se aprofundar no que, até então, desenvolvia com base em referências da internet.

A procura é muito grande pelos produtos da santa-ritense.

Ainda fora do país, trabalhou como cozinheira em restaurantes e foi adquirindo mais experiência.
Em 2020, Mari voltou para o Brasil e se deparou com um dilema. Por conta da pandemia, não poderia abrir um negócio presencial. As oportunidades em restaurantes, por outro lado, não tinham uma remuneração atrativa. Então, ela começou a criar produtos digitais, como e-books e cursos online de culinária.

No final de 2021, como as medidas de restrição já estavam mais brandas, a ideia de empreender em casa surgiu de maneira natural. “Como eu vim de uma família mineira, que tem esse costume de agregar pessoas e oferecer cafezinho, pensei: vou receber as pessoas em casa.”

O restaurante de Mari Marola é muito aconchegante e convidativo.

Mesmo tendo um espaço reservado para dormir, ela conta que passa a maior parte do dia no local onde recebe os clientes, preparando as comidas do final de semana e gravando cursos. Entre os pratos do cardápio estão café com leite vegetal, iogurte de castanhas com fruta e granola, pães de queijo, cestas de pães de fermentação natural com hummus, geleia e manteiga, toasts de vegetais e broa de fubá com goiabada. O café é servido aos finais de semana e atende com reserva, que custa R$ 120.

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