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A escolha profissional e os alunos de escolas estaduais de Santa Rita

Sabe-se que muitos adolescentes/jovens que se encontram na fase de escolha profissional enfrentam inúmeras dificuldades para identificarem atividades e contextos com os quais apresentam maior afinidade e habilidade prática.

Além disso, existe a grande influência familiar e dos amigos ou mesmo a necessidade de se atingir determinado status social. Inclui-se também nessa fase indagações quanto às próprias condições de acesso à universidade.

Desse modo, sem direcionamento adequado muitos acabam ingressando em cursos dos quais logo desistem ou mesmo chegam a se formar abandonando posteriormente a carreira (demandando reorientação profissional na vida adulta) ou sentindo-se infelizes no cargo ocupado.

É fato que o apoio da família e o auxílio de profissionais capacitados para tal serviço são de extrema importância e funcionam como facilitadores no processo de escolha, mas vale ressaltar também que o trabalho realizado por professores incentiva os alunos a refletirem, a conhecerem a vasta possibilidade de cursos e carreiras que se abrem a sua frente.

A partir de palestras realizadas em três escolas estaduais de Santa Rita do Sapucaí verificou-se que as maiores dificuldades dos alunos (3º ano do Ensino Médio) concentram-se no próprio autoconhecimento e construção de projeto de vida, bem como da realidade socioprofissional (possibilidades de atuação, mercado de trabalho, remuneração, cursos complementares), conciliação entre afinidade e habilidade, “será que consigo executar bem tudo o que gosto de fazer?”, como por exemplo, cantar e jogar futebol, “quero fazer medicina!”, mas como imagino passar por determinadas situações a que um médico está sujeito?

Além desses questionamentos, os alunos demonstraram forte inclinação por considerarem a opinião dos familiares e a influência de colegas e amigos o que é bastante comum na fase de escolha.

Enfatiza-se que a discussão desse tema nas escolas é de grande relevância seja por meio de projetos, aulas especialmente dedicadas a essa reflexão, rodas de conversa, ajuda profissional (processo de orientação profissional feito por psicólogos) e em casa onde a família deve estar aberta ao diálogo e principalmente oferecer o suporte de que necessita o adolescente ou o jovem em questão.

(Thais de Cássia Cintra de Faria é psicóloga especializada em Avaliação, Psicoterapia e Orientação Profissional. Contato: 9 9932 5554 / thais2cintra@hotmail.com)

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