O que tem norteado as ações da Secretaria sob seu comando?
Todas as nossas ações têm sido submetidas a três eixos e as demais secretarias também têm levado em conta estes aspectos. O primeiro eixo é a infraestrutura, o segundo são os projetos e o terceiro é a qualificação.
O que podemos entender como infraestrutura?
Serão todas as obras que tiveram início, desde o início da gestão. Isso inclui, por exemplo, a instalação dos parquinhos nos mais diversos bairros, a reforma e adequação do Museu Delfim Moreira, o aparelhamento urbano nas demais praças da cidade, manutenção do campo de futebol, obras no centro de eventos, a construção de uma ampla pista de skate… tudo isso engloba uma série de ações com o objetivo de fornecer uma infraestrutura que ofereça opções, conforto e, acima de tudo, qualidade de vida às pessoas!
E quais os projetos que estão sendo colocados em prática neste exato momento?
Podemos destacar que as principais obras que estão acontecendo em nossa Secretaria, nestes quatro primeiros meses de gestão, são: a construção de uma pista de skate, que encontra-se em fase bem avançada e que está sendo construída no Centro de Eventos, através de um projeto muito bem feito; a reforma do Museu Delfim Moreira e do Cinema (em fase final de licitação), que está acontecendo neste exato momento e que busca levar maior segurança e acessibilidade, além de proporcionar novas possibilidades no que se refere à história, entretenimento e acervo; e os parquinhos, que estão sendo instalados e reparados, a fim de oferecer divertimento em treze pontos da cidade. Muito além de instalar ou oferecer reparo nestes pontos, nossa intenção é melhorar a infraestrutura em torno destes espaços, o que está sendo feito.
E os projetos para os próximos meses?
Nós acabamos de lançar o edital do Movimento “Cidade Criativa, Cidade Feliz” que, nesta edição, tem focado sua atuação na promoção da cultura, das artes, do conhecimento, esportes e entretenimento, sem deixar de lado o auxílio à classe artística, muito afetada pela pandemia. Vale dizer que somos uma das poucas cidades que têm lançado projetos desta natureza, com vias a oferecer, dentro das nossas possibilidades, suporte para manutenção da Economia Criativa, que se desenvolveu tanto nos últimos anos.
Vale ressaltar a importância que temos dado aos Conselhos Municipais, que têm integrado a comunidade às ações implementadas pela prefeitura municipal. Temos um conselho voltado à memória e patrimônio (COMPAC); um conselho voltado às políticas culturais (CMPC); um conselho direcionado a respaldar e nos amparar em relação às ações com vias a desenvolver o turismo no município (CONTUR); e um conselho direcionado às ações e atividades esportivas (CME). Todas estas entidades têm recebido aporte de recursos para o desenvolvimento de ações e recebido apoio de nossa secretaria em todas as demandas.
Vale lembrar que nós temos também alguns editais que estão para ser lançados, que estão voltados ao apoio ao atleta e que têm se baseado em atividades realizadas no formato online.
E vocês têm implementado ações com vistas à superarmos a pandemia?
Muitas pessoas entendem nossa secretaria, estritamente, como um setor para produção de eventos e entendemos que ela vai muito além. Nosso trabalho, neste período, foi nos readequarmos e traçarmos linhas bem diretas do que é necessário fazer e do que nós queremos para o futuro. O que fizemos, neste último ano, foi traçar perpectivas, nos reestruturarmos e nos prepararmos para o momento pós-pandemia, sem nos descuidarmos das necessidades mais urgentes. Nós temos buscado soluções que nos permitam atravessar este momento difícil e, para isso, temos implementado ações que auxiliem e promovam a atividade cultural no município. Muito além disso, temos pensado em preparar a cidade para o momento pós-pandemia. Estamos conscientes de que, após este período turbulento, as pessoas irão voltar a visitar Santa Rita e queremos aproveitar este momento de reclusão para nos organizarmos e fornecermos suporte ao desenvolvimento do município, através da promoção das artes, da cultura, dos esportes, do turismo, da cafeicultura como ambiente de conhecimento, da gastronomia e também do entretenimento. Como exemplo, podemos citar a criação de um Centro de Memórias Populares, que se encontra em fase inicial de criação e que será mais uma atração e fonte de conhecimento e cultura para nossa comunidade. Também podemos citar o mapeamento turístico na cidade, com objetivo de conhecermos o que temos para oferecer aos visitantes.
Você citou a “qualificação” como terceiro eixo. Como ela acontece?
Talvez este seja o eixo mais desafiador de todos eles, pois cabe a nós orientar as pessoas sobre os processos de qualificação, nas mais diversas áreas, com vias a agirmos como um conjunto sólido, preparado e consciente de nosso papel no desenvolvimento do município, através da criatividade. Isso vale para o turismo, para o esporte e para a cultura.
Como esta capacitação engloba a cultura?
Esta qualificação abrange a cultura na preparação para inscrição em projetos, na preparação dos portifólios e na gestão cultural, de maneira mais abrangente. Nós temos tomado conhecimento de várias oportunidades para apresentação de projetos e é do nosso interesse que os artistas tenham acesso a todas estas possibilidades. Isso demanda conhecimento e qualificação e queremos investir nisso.
E quanto às parcerias?
Nós temos feito várias parcerias com entidades como SEBRAE, SENAI, EMATER, ACEVALE, SINDIVEL, com os próprios conselhos que compõem a Secretaria e estreitamos o nosso relacionamento com as demais Secretarias da prefeitura. Houve, neste período, um consenso de que é necessário estreitar o relacionamento entre os próprios setores da prefeitura, para que possamos concentrar nossos esforços para objetivos comuns.
A Secretaria pensou em ações para a Festa de Santa Rita, mesmo que de forma online?
Esta seleção de projetos para o Cidade Criativa aconteceu neste momento para tentar levar atividades neste período. O conselho do Patrimônio tem pensado nas oficinas tradicionais. E temos também estreitado nosso contato com a Paróquia para entender as necessidades e projetos, neste período, buscando participar e auxiliar da melhor forma.
Existe expectativa de recursos através da Lei Aldir Blanc?
É sempre uma incógnita porque, apesar de haver várias forças no cenário político querendo que aconteça novamente, muitas cidades não concluíram as ações da primeira edição. O último relatório do Ministério do Turismo informou que quase 40% das cidades não usaram a verba. Então, penso que irá haver uma redistribuição de recursos, mas ainda vai demorar um pouquinho.
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